Parte 2 - Surge Dante, o advogado.
Ahhhhhhhhhhh! Já não aguentava mais ficar naquela dimensão chata! Esperar é realmente chato! Mas aqui na Terra? Ah não, aqui é tudo tão colorido e cheio de vida. Sons e cheiros. Escolhas.
Pãã! Fim de momento gay!
E aí leitor? Tudo em cima? Meu nome é Dante! É uma pena que você não possa me ver. Eu sou grande (uns 2,10m), largo, vinho escuro de um lado, preto do outro (não na frente e atrás! não vai pensando que eu fiquei deitado no sol de um lado só! essa história de cores é um lance meio simbólico lá da minha dimensão... qualquer dia eu conto, juro!) e tenho umas asas de morcego muito iradas! (desculpem as gírias paulistanas, a última missão foi em São Paulo e vocês não tem ideia como o jeito deles de falar impregna!)
Eu divido o corpo com o Daniel mas, como vocês já devem ter percebido, temos as nossas diferenças. A principal é que eu sou um pouco mais... hm... direto do que ele.
Eu sou um advogado, mas não esses dos tribunais do plano straight, sou um advogado dos planos extras! Eu pego as provas de crimes e decido se vou interceder na defesa ou na acusação do réu.
Eu e Daniel temos um elo psíquico (que também explico qualquer dia desses).
Só falei isso pra você saber que não apareci aqui no Maranhão sem saber de nada! Na verdade esse é o nosso grande trunfo! Ele faz a pesquisa e a parte chata e eu chego detonando tudo e resolvendo as paradas!
Eu adoro meu trabalho! (outro diferença minha e do Daniel, que tem o mau hábito de odiar tudo!)
O problema é: ainda não era a hora de eu entrar em cena, mas esse maldito bonde [para quem não está entendendo nada do que tá rolando favor procurar pela parte 1 de Mundo Estranho (se encontra logo aqui em baixo! - Nota do autor] força nossa troca! Agora, pelas regras impostas no nosso contrato trabalhista eu tenho que ficar na Terra por doze horas antes de ceder o lugar pro Daniel. E por mais que ele grite no meu ouvido (não, os gritos não são esses que vocês estão acostumados, é uma espécie de grito direto na minha mente! a diferença? dá uma dor de cabeça muuuuuuuito maior!) eu não sou investigador e não preciso fazer o trabalho dele! São essas horas que fazem esse trabalho valer a pena!
Dante, 23 de Abril de 2009
Acabei de colocar o sobretudo e amarrar minhas asas com uma cinta liga para poder me passar por humano. Claro que meu rosto meio preto meio vermelho não ajuda muito no disfarce mas eu tenho um poder muito irado (malditos paulistanos) que resolve esse meu problema. Qualquer um que olhar para mim sente total desinteresse por meu rosto! As asas são outra história, mas o rosto tem essa peculiaridade. O que é ótimo, porque nem toda base do mundo iam esconder a falta de um nariz e os caninos inferiores protuberantes sobre meus lábios.
Acabo de sair do hotel que Daniel reservou antes de entrar no bonde-élfico-entre-planos. Pego um táxi e o motorista me deixa no centro de São Luís. A cidade foi pouco afetada pelas chuvas constantes se comparado à outras como Bacabal (provavelmente o nosso destino assim que passarem as 12 horas) mas mesmo assim o assunto nos bares é sempre o mesmo. Fiquei sabendo, entre ouvindo conversas enquanto encho a cara (não perco a chance de uma boa cachaça!), que a Defesa Civil não está conseguindo que todos os moradores deixem suas casas. Isso é um grande problema... já que não podem obrigar as pessoas a serem sensatas! Malditos humanos e sua sede de consumismo! Acabei de ouvir que a tia de um bebum aqui não quer sair com medo de sofrer saques!
Espírito das águas... aposto que é um espírito das águas... minhas doze horas estão se acabando e eu sempre caio na risada quando troco de lugar com Daniel.
Odeio sentir cócegas.
sábado, 25 de abril de 2009
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meu deus!
ResponderExcluirki monte de coisas surreais ^^
adoro!
mas v se junta tdo pra imprimir um dia e guardar!!!
continue escrevendo!
=*