Parte 3 - A Parte Chata
Madrugada do dia 23 para o dia 24 de Abril
Ocorre a última troca do dia.
Daniel mais uma vez entra no plano straight fazendo com que Dante seja aprisionado no extra-plano 76. É hora da investigação!
Carro particular. Daniel recebe a mensagem no celular de que a agência já está pronta com todos os recursos e a primeira coisa que lhe vêm a cabeça é que enfim terá o carro. Ao descer para o saguão do hotel já pode ver o sedam preto. Se aproximou e colocou a mão sobre o pneu dianteiro do lado do motorista. Lá estava a chave.
Deu a partida e ligou o ar-condicionado. O calor da cidade era demais. Pisou fundo.
Nas pesquisas Daniel pode encontrar o local mais afetado (e para quem não sabe, o epicentro arcano é o ponto em que há mais magia concentrada. Salvo alguns seres inimiginalvemente poderosos a ponto de conseguir camuflar, esse local é onde se encontra o conjurador da magia!).
Logo pode ler a placa "Bem vindo a São Luís Gonzaga". Eram altas horas da madrugada, melhor hora para obter respostas. A magia sempre é mais forte de madrugada.
De dentro do carro sentiu a forte lufada de vento. Vento que não é parado em pára-brisa! Vento mágico... frio! Ufa... pelo menos não era coisa do inferno! Não que eles fossem muito de usar a chuva, mas desde que encontraram três corpos Daniel começou a pensar que talvez Lúcifer estivesse envolvido.
Não, era outra coisa, era inveja. De novo!
O sedam cortava a chuva em alta velocidade. Daniel percebia que esse caso não era para ele... sua parte seria fácil, a magia era forte mas o espírito era fraco. Chegou ao centro da tempestade.
Vento que arrancava raízes do chão, nuvens negras sobre sua cabeça. Não conseguia ficar com os olhos abertos mas mesmo assim sabia que estava lá. O espírito da água!
Um espírito que já foi rei de um povo, que já governou estadistas, que era cultuado em templos por toda a América do sul. Hoje um espírito mal tratado e esquecido. Um espírito querendo vingança.
Era hora de Dante entrar em cena.
Parte 4 - É treta!
A dor consome o corpo de Daniel pela última vez nesta missão.
Em meio ao tornado que se formava a pele se rasga e no lugar do corpo alvo e franzino surge mais uma vez o truculento Dante. Como escrito em contrato as roupas são instantaneamente transportadas por viagem subatomica para o extra-plano 76 e Dante vem para este mundo nu exceto pela sunga de material elástico colada à seu corpo.
-Eu disse que era um espírito das águas!
Dante não perde tempo e se atrataca com o ser incorpóreo. Uma luta mental.
Não era suas brigas prediletas, preferia o bom e velho cruzado na fuça, mas com espíritos sul americanos era sempre assim. Os malditos nunca tomavam forma física.
- Me deixe em paz advogado!
- Ah claro, vamos firmar um acordo. Te dou mais uma semana pra devastar o quanto você quiser depois tira um mês de férias remunerada. - Para aqueles que por azar estivessem assistindo àquela cena veriam um enorme ser vermelho e negro, altivo, parado ereto no meio de um pequeno tornado, queixo erguido e... falando sozinho.
- Não estou aqui para causar destruição! Eles é que estão! Os humanos não respeitam aquilo que lhes dou! Eles abusam de mim! Abusam!
- Ó tadinho! Todo mundo suja os rios e lava as calçadas com a mangueira de água? Então é disso que se trata toda essa destruição? Conscientização?
- Eles me devem respeito! Me devem... me devem devoção!
- Ah!!! Então chegamos no ponto! É tudo inveja! Inveja do Deus do amor!
- Não! Eu...
Dante já podia sentir os ventos diminuindo. Agora seria questão de tempo para que o estado se normalizasse. Nada mais podiam fazer.
- Volte para o trabalho espírito. Castigo não vai ajudar em nada! Será que dois mil anos de pregação sobre o amor não colocou nada na sua cabeça?!
- ...
24 de Abril, 15:07h.
Daniel já começava a ralhar com Dante. Era hora da troca! Daniel precisava começar outro serviço e o tempo podia salvar vidas! Mas Dante tinha mais uma coisa a fazer.
Chegou na vendinha com o sobretudo e o rosto encantado fazendo com que todos vissem um homem alto e forte, vestido de maneira imprópria para a temperatura do dia, mas com um rosto tão normal que não merecia atenção.
- Por favor, um litro dessa.
- A tomou morreu?! Um litro?!
- E coloque em uma embalagem bem resistente, vou pegar um bonde.
Bonde? Do que aquele cabra estava falando? Bem... o dinheiro estava no balcão e não fazia parte do atendimento puxar conversa com doidos varridos.
terça-feira, 28 de abril de 2009
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meu deeeeus!! O.o
ResponderExcluirvc viaja hein? rs...
mas tah bm legal!!! soh num esquece de explicar da onde raios deles vieram e etc e tals pra eu poder entender!! rs....
=*